Campanhas Publicitárias no Spotify: criatividade e dados que geram engajamento
- Ela Explica
- 8 de mai.
- 3 min de leitura
No universo da publicidade, a combinação entre criatividade e tecnologia deixou de ser tendência para se tornar premissa. No caso das campanhas publicitárias no Spotify, essa união tem rendido resultados surpreendentes. Mas... será que as marcas estão realmente aproveitando tudo o que a tecnologia tem a oferecer para criar experiências relevantes dentro das plataformas digitais?
Por que as campanhas publicitárias no Spotify estão se destacando?
Recentemente, no evento Spotify Advertising Hits, tive a oportunidade de conversar com três nomes que estão no centro dessa transformação: Vicente Carrari, Priscila Barsotti e Diana Ramirez — lideranças do Spotify Advertising no Brasil e na América Latina. Além disso, acompanhei de perto os cases vencedores do Spotify Advertising Hits 2024, uma premiação que celebra as campanhas mais criativas e eficazes dentro da plataforma. E posso afirmar: tem muita marca fazendo anúncio que dá gosto de ouvir.
O segredo? Entender o formato, o público e o momento
Entre os cases premiados, alguns me chamaram atenção justamente por traduzirem o que é publicidade bem-feita: aquela que respeita o formato, entende o comportamento do usuário e se vale da tecnologia para entregar a mensagem certa, na hora certa.
A Budweiser, por exemplo, usou a seu favor um dado impressionante: mais de 500 músicas no Spotify citam a marca. Em vez de interromper, ela entrou no fluxo: criou anúncios em áudio usando trechos dessas músicas — e direcionou tudo de forma segmentada, de acordo com os gêneros favoritos do público. Resultado? Uma experiência orgânica, com alta aceitação e performance.
Já o Itaú mostrou como o conteúdo educativo pode ser um ativo estratégico. A campanha "Plano Real" patrocinou um podcast que conta os bastidores da criação da moeda brasileira. A marca se associa, assim, à educação financeira, à cultura e à tradição — tudo com profundidade, sem deixar de ser relevante.
A Chevrolet, por sua vez, brincou com o território emocional: criou playlists personalizadas com base no nível de "sofrência" dos usuários, para depois apresentar sua caminhonete como uma solução macia para os perrengues da vida. Um storytelling bem-humorado e altamente contextual.
E o Ipiranga fez um trabalho de segmentação exemplar: ao apostar em jingles com artistas de estilos variados — de Sidney Magal a Ana Castela — a marca garantiu que cada público ouvisse uma peça pensada para ele. Tudo isso dentro do ecossistema do Spotify, com formatos diversos e muito bem alinhados ao comportamento de escuta.
Criatividade com dados, emoção com estratégia
Esses cases mostram que a criatividade sozinha já não dá conta. É preciso entender dados, jornada, contexto e, claro, respeitar o usuário. A boa notícia? A tecnologia está aqui para ajudar.
Durante minha entrevista com os diretores do Spotify, eles destacaram justamente isso: o Spotify é uma plataforma construída sobre inteligência artificial. Desde a curadoria musical até a entrega de anúncios, tudo é pensado para ser relevante — tanto para quem escuta quanto para quem anuncia.
Diana Ramirez, diretora de vendas Latam, falou sobre como a personalização é o DNA da empresa:
"O algoritmo do Spotify entende se você está pedalando, estudando, cuidando do seu filho... E a partir disso, entrega a mensagem mais adequada para aquele momento."
Vicente Carrari reforçou que o áudio é o grande superpoder da plataforma, por alcançar as pessoas em momentos de tela desligada.
"A taxa de pulo dos nossos anúncios é inferior a 10%. Isso mostra que o usuário está disposto a ouvir quando o conteúdo faz sentido."
Priscila Barsotti lembrou que o Spotify hoje é muito mais do que música: é um ambiente de inovação e co-criar com as marcas virou parte da estratégia.
"Com o Creative Lab, conseguimos traduzir até os pedidos mais malucos em experiências reais e impactantes"
O que vem por aí
Entre as novidades da plataforma está o Spotify Ad Exchange, que permite compra programática em tempo real, com muito mais eficiência. Além disso, as ferramentas de medição evoluíram, e o Spotify Ads Manager agora permite acompanhar resultados com muito mais precisão — inclusive em campanhas de performance.
No fim das contas, tudo converge para um ponto: o bom anúncio não é aquele que grita mais alto, mas o que entende o contexto e cria conexão. E o Spotify está se consolidando como um dos melhores lugares para isso acontecer.
Se você quer ver esses insights na prática, corre lá no canal do Ela Explica no YouTube e assista à entrevista completa. Tá imperdível.
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